Opiniões de Intelectuais sobre Obra do Autor Zacarias Campelo




Opiniões de Intelectuais sobre Obra do Autor

- Luz sobre o Batismo, do Pastor Zacarias Campelo. 

Achei há pouco, em cima de minha mesa de trabalho, no escritório da Junta Patrimonial Batista do Sul do Brasil, um volume da dita obra, com uma cartinha do autor. 

Assunto por demais conhecido e ventilado, contudo o pastor Zacarias Campelo o tornou interessante e atraente.  Assim é que com atenção e com agrado o li.  O autor estuda o batismo bíblico em sua relação, conexão e significação próximas e remotas, dentro do progresso da revelação divina, do Gênesis ao Apocalipse.  Achei interessante a ideia, nova para mim, de que o batismo lega consigo a ideia de castigo e punição; parece que há razão para isso.

Vale a pena ler e estudar o livrinho do Pastor Zacarias Campelo e estudá-lo em classe com crentes que desejam crescer no conhecimento das Escrituras Sagradas. 


Manoel Avelino de Souza. 



De Luís Câmara Cascudo. 

Em sua carta de 24 de março de 1958.

"Bem tardiamente venho agradecer a gentileza do envio e cativante autógrafo do seu "ÍNDIO É ASSIM".  Basta dizer-lhe que, escrevendo agora DA ETNOGRAFIA GERAL, já o seu estudo se incluiu na bibliografia e mesmo um trecho delicioso foi transcrito no texto.  Não preciso afirmar maior agrado e nem maior encanto pela narrativa clara, humana e comunicante de suas experiências entre a indiada do Maranhão.  

Com a maior simpatia, parabéns e fotos de felicidade pessoal". 

Seu admirador, 

a). Luiz da Câmara Cascudo. 



DO BISPO METODISTA CÉSAR DACORSO FILHO

Trechos de sua Carta de 03 de janeiro de 1958.

Posso, hoje, dar-lhe uma palavra modesta e sincera sobre  "O Índio é Assim ..." Eu o li inteiramente, com vagar e atenção.  A sua matéria me interessava por dois motivos: era sobre os nossos aborígenes  e era contemplada de um ponto de vista evangélico.  Com ele aprendi muito de vez que muito pouco tenho lido., até agora, a respeito de nossos irmãos selvátivos. 

Apreciei o livro também pela maneira simples, clara e objetiva, com que o escreveu.  Confesso que não tenho facilidade para vasar meu pensamento em forma tão agradável e atraente.  Notei que o seu português é firme e seu estilo de escrever tem muito de sua pessoa.  Os pedacinhos da linguagem dos craôs, que pontilham a obra toda a tornam por outro modo, muito interessante. 

a). César Dacorso Filho. 

De Mário Melo:

Trechos de seu comentário no JORNAL DO COMÉRCIO de 02 de outubro de 1957.  

Minha principal impressão da leitura foi a de um romance naturalista, de personagens autênticos, tendo como principal deles o autor.  

Há observações interessantíssimas, especialmente sobre os índios craôs.  Uma delas é sobre o casamento. 

a). Mario Melo. 


BELO E GRANDE LIVRO - Dr. Henrique de Figueiredo. 

Faltava na minha estante em que coleciono as obras sobre nosso armarindo - "O Índio é Assim" - da Autoria do Reverendíssimo Zacarias Campelo, Atual Diretor do Ginásio Sete de Setembro desta cidade.  Tenho esse livro sobre a minha mesa de trabalho, com uma dedicatória gentil e generosa do autor a este colunista. 

É vasta, imensa, volumosa e profunda , tanto a literatura, como a ensaísta etnográfica, sobre o índio brasileiro.  Desde os trabalhos de Couto de Magalhães, Teodoro Sampaio, Barbosa Rodrigues, Pimenta Bueno, General Rondon, Almicar Botelho, Raimundo Morais, Roque Pinto, Mário Melo, e outros, somente para citar os nossos, que fixaram as características étnicas do índio brasileiro,  a sua vida no clã e na guerra, os seus costumes, as suas lendas e a sua idolatria, com dados fundamentais no processo de sua origem e identificação, e de sua posição antropologia do homem americano, parecia-me haver se esgotado o assunto, pelo farto material colhido através das tribos espalhadas pelo interior do Brasil. 

No entretanto, o professor Zacarias Campelo nos trás narrativas novas sobre os craôs, os Xerentes e os canelas, colhidas durante dezoito anos de seu apostolado protestante na selva brasileira, ao norte de Goiás, no atual Município de Pedro Afonso, nos confins do grande sertão do Maranhão, narrativas essas feitas com uma honestidade a toda prova. 

É um belo e grande livro. 

O missionário acompanhado de sua esposa e uma sobrinha, foi o evangelista desses índios, a serviço das "Missões Nacionais" da Convenção Batista Brasileira, e soube converter para o evangelho uma porção de almas incultas, roubando-as do deus pagão Putt, ou seja, o Sol para o seio de Deus, na sua expressão mais alta, na compreensão do homem civilizado.  

Tendo aprendido a língua dos Craôs, dentro de suas malocas, escreveu hinos evangélicos nessa língua e edificou um templo na aldeia daqueles selvícolas.  No meio  daquela gente em pleno estado primitivo de miséria, alimentando-se da caça e da pesca e das excursões pedestrionistas nas fazendas de gado, atrás das rezes para abastecerem criminosamente as malocas, sujos e imundos em plena nudez, o Missionário se conservou puro, como Nóbrega e Anchieta.  Sem se contaminar com vício, sem se inflamar com a volúpia da mulher-índia, atraente como o calor dos trópicos, imprimindo respeito e autoridade, tendo no coração a posse mansa e pacífica da moral de Cristo.  E soube arrebanhar aquelas almas rústicas com a sua eloquência de apóstolo para sua igreja. 

Através desse livro pequeno, mas notável e magnífico, respigo assuntos que despertam  a minha atenção e consolidam o meu conceito, por exemplo, a respeito do pudor dos selvícolas.  Conta-nos o Missionário inteligente e probo, que o índio tem vergonha de andar vestido.  No entretanto, há tribos que conservam uma tanga ocultando as partes pudendas. 

Será por  vergonha pudor? Nada disso. A tanga é apenas uma forma rudimentar de resguardar as partes sexuais.  Não por vergonha ou acanhamento, mas para proteger órgãos sensíbilíssimos, dentro da selva espinhosa e agressiva.  Quando a esposa do reverendo Zacarias Campelo, viu pela primeira vez uma mulher daquela aldeia em trajos paradisíacos, sentiu-se ferida em seu amor próprio, fizera uma ligeira vestimenta para aquela índia que mostrava a todos da Missão, sem recato, o seu belo corpo nu.  Chamou a índia para o quarto e enfiou-lhe o vestido.  Depois, trouxe-a para a sala e mostrando-a aos da comitiva, dizia acha-la mais bela assim vestida.  Mas, a índia envergonhada com a vestimenta, suspendeu o vestido e cobriu com ele o rosto e se mostrou inteiramente nua em sinal de agradecimento.  O sexo para eles não inspira vergonha, como no homem civilizado, mas é apenas o símbolo da fecundidade. O professor Zacarias Campelo desenvolve ainda em seu livro uma tese interessante:  O índio tem a sua cultura e a sua civilização.  A grande  diferença consiste em que o homem civilizado tem o livro e o índio tem a natureza.  Joaquim Papa Mel é uma figura impressionante de cacique médico e feiticeiro, descrito pelo Missionário.  Ele é professor de botânica de linguagem, de história e de civilização de sua tribo.  Dava as aulas passeando de um lado para o outro, de baderna em punho e os índios de cócoras ou deitados, ouviam-no como um oráculo enviado pelo deus Putt.    Ao dobrar a ultima página desse livro eu pergunto a mim mesmo que foi fazer o Missionário Zacarias Campelo na Tribo dos Craôs? Espalhar somente a Palavra de Deus, evangelizar  aquelas almas? Não.  Ele foi também sentir de perto, dentro das malocas, o sentido da vida daquela gente, que ele apenas supunha ter o fartun da humanidade, como diria André Malraux ... E com o sentido da vida daquela gente ele impregnou o seu livro, que hoje se tornou um dos melhores livros sobre o indianismo brasileiro. 


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  • Ninguém Falou como Jesus - Pr. S. J. Ribeiro
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  • Horas Humorísticas - L. G. Terra. 
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