Apolo, um Discípulo "Eloquente e Poderoso nas Escrituras"
O objetivo dessa lição é conduzir o aluno à compensação das características do discipulado cristão e assumir em consequência, uma atitude de prática destas características em sua vida para ser efetivamente um discípulo fiel e aprovado por Deus: obediente, disciplinado, firme e persistente.
Texto Base: Atos 18:24-28
Texto Áureo: Atos 18:26
Leitura Bíblica Diária:
Segunda-feira - Filemon 1:1-7;
Terça-feira - Filemon 1:8-20;
Quarta-feira - Filemon 1:21-25;
Quinta-feira - Filipenses 1:3-11;
Sexta-feira - Colossenses 4:2-9;
Sábado - I Timóteo 6:1-10;
Domingo - Colossensses 3:18-25;
Introdução:
Alguns dos discípulos de Jesus vieram do grupo de João Batista. A missão de João Batista era preparar o caminho para Jesus, e seus discípulos deveriam passar sua lealdade para o Senhor. Nem todos, porém, fizeram desse modo; possivelmente alguns não o fizeram porque o tipo de Messias que Jesus mostrou ser não estava de acordo com as suas esperanças, e por isso tiveram dúvidas (Lucas 7:18-23).
Algumas dessas pessoas que seguiam a João foram encontradas durante o ministério do Apóstolo Paulo, e dois de seus amigos (Áquila e Priscila) também encontraram um discípulo de João Batista, chamado Apolo: homem de grande cultura e profundo conhecedor do Antigo Testamento. Não sabemos muitas coisas a seu respeito, a não ser o que Lucas registra em Atos 18:24-28 e algumas palavras de Paulo em I Coríntios. Ele é um discípulo interessante e ao mesmo tempo misterioso.
I - Ousadia e Conhecimento Bíblico (Atos 18:24)
Não se sabe nada a respeito de como Apolo se tornou discípulo de João e como ele aprendeu sobre Jesus. Ele era judeu de Alexandria e pelo que tudo indica, teve sua formação nessa cidade de cultura influenciada por Filo, um filósofo judeu de grande importância para a época. Apolo era erudito e conhecia muito bem o Antigo Testamento.
Nas escolas dos judeus na época, o menino era ensinado desde cedo a memorizar os livros de Moisés e os livros dos profetas. O historiador Josefo ainda acrescente que os meninos judeus, com a idade de quatorze anos já podiam interpretar a Lei em detalhes. Apolo então, por ser eloquente, já sabia aplicar sabiamente a Bíblia à realidade do povo.
II - Ousadia e Firmeza Doutrinária (Atos 18:25)
Não se sabe quem institiui Apolo nos caminhos do Senhor, mas ele, como conhecedor das escrituras, "ensinava com precisão as coisas concernentes a Jesus". Uma idéia é que Apolo foi ensinado por discípulos de João a respeito daquele que havia de vir. Pelo seu conhecimento das escrituras, ele sabia muito bem as passagens que eram profecias a respeito do Messias. Será que ele estaria na situação de muitos hoje em dia que conhecem muito a respeito de Jesus, mas não conhecem o próprio Jesus? É uma pergunta até um tanto difícil de responder, pois como pode alguém ser eloquente, poderoso nas Escrituras, fervoroso de espírito, falar e ensinar com precisão a respeito de Jesus, e não pertencer a Jesus?
O texto não é claro quanto ao fato. Mas podemos dizer que Apolo se encontra como muitos que têm experiência com Jesus, mas não estão instruídos devidamente e precisam ser amadurecidos na sua fé. Existem pessoas que sabem muitos fatos a respeito de Jesus, mas não sabem interpretar os fatos para suas vidas. Para quem quer ter ousadia no testemunho e na pregação é necessário ter firmeza. É dito que Apolo "falava e ensinava com precisão".
III - Ousadia e Experiência com o Senhor (Atos 18:26-28)
A Apolo faltava uma coisa: o aprofundamento de sua experiência com Jesus. Ele falava e ensinava com firmeza a respeito de Jesus, mas conhecia "somente o batismo de João" (verso 25). Quando ele falou na Sinagoga de Éfeso, Áquila e Priscila viram que ele era ousado e profundo conhecedor das Escrituras mas precisava entender outras coisas mais a respeito de Jesus que ele não sabia. Isso é notório no versículo 28, quando ele passou a não somente falar coisas a respeito de Jesus, mas passou a falar de Jesus diretamente, dizendo que ele era o Messias, o Cristo.
Apolo teve que ter uma experência direta com Jesus e não apenas saber dados sobre Ele. Por essa razão, afirmamos que ter fé em Jesus não significa diretamente saber fatos sobre a vida dele, mas aceitar o que ele fez para a nossa salvação. Muitas vezes o nosso testemunho é fraco e ineficiente diante das pessoas, pois falta o ingrediente principal: a experiência com o Senhor. Sobre muitos assuntos podemos falar baseados nas escrituras, e deve ser assim, mas existem assuntos básicos que devemos juntar ao conhecimento da Bíblia, como a nossa experiência de salvação e perdão.
Conclusão:
Podemos afirmar que para ser um pregador eficiente não basta sermos eloquentes e citar a Bíblia de memória, mas é necessário experiência com Jesus. Ser eloquente não significa saber muitas passagens decoradas e nem pregar gritando, mas saber aplicar sabiamente a Bíblia à sua própria realidade e a realidade dos ouvintes.
Para quem quer ter ousadia no testemunho e na anunciação do evangelho é preciso que tenha firmeza. Muitas vezes o nosso testemunho é limitado e ineficaz, devido à falta do ingrediente principal: a experiência com Cristo. A experência com Cristo, unida com um estudo apaixonado pelas Escrituras, nos impulsionará a sermos verdadeiros "imitadores de Cristo", o que nos proporcionará um "amor genuíno" no coração pelos perdidos e, como consequência, a confirmação de sermos "verdadeiros discípulos" do Senhor.
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