Roteiro Rio Tapajós - Reeditado por Eduardo. Extraído da Revista Aruanã - Ano II - Nº10

Pescar no Rio Tapajós é um sonho de qualquer pescador amador.  Em suas margens de areia branca e águas limpas, onde seus imensos lagos abrigam várias espécies de peixes esportivos que são a alegria de todos nós.  Alguém já disse que no Tapajós estão os maiores tucunarés do mundo.  Embarque neste artigo e vamos conhecer melhor este paraíso.   

Guardadas as proporções, esse grande rio começa em uma pequena nascente próxima à Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.  Lá ele recebe o nome de Rio Verde.  Paralelo a ele, corre outro rio que também nasce nesta região com o nome de São Manuel.  Tanto um como outro, são também chamados de Teles Pires. 

Ainda em Mato Grosso, entre as cidades de Alta Floresta e Peixoto de Azevedo, o Verde junta-se ao São Manuel e aí sim, todos os chamam de Teles Pires.  

Nessa região, esse Rio é muito bonito mas bastante perigoso a navegação, já que seu curso é pontilhado por pedras, corredeiras e grandes cachoeiras.

As margens, antes lageadas por vegetação rasteira típica dos cerrados, modificam-se completamente, já que célere, o rio corre para o coração da selva amazônica.  

Grandes árvores são agora a paisagem natural ao redor do rio que continua a descer rumo ao Amazonas.  

No alto Xingu, mas precisamente na divisa dos estados de Mato Grosso, Amazonas e Pará, o Rio Teles Pires junta-se ao Rio Juruena e desse ponto para frente, perde sua antiga identidade para receber o seu nome definitivo: Rio Tapajós.

Em Santarém, Cidade do Pará, o rio Tapajós deságua no rio Amazonas, não sem antes lutar alguns quilômetros Amazonas abaixo, para misturar sua água limpa com a àgua barrenta do maior rio do mundo. 

Exatamente na cidade de Santarém é que os pescadores amadores irão encontrar toda a infraestrutura para poder realizar suas pescarias, já que essa cidade conta com esse tipo de serviço para abrigar os seus pescadores. 

Em pescarias realizadas pela equipe da Revista Aruanã, tivemos a oportunidade de conhecer grandes trechos de todo o rio, através de sua leitura.  Sobre os peixes, podemos afirmar que são numerosas as espécies que nele habitam, desde os grandes peixes de couro, até os esportivos tucunarés, matrinchãs e bicudas. 

Trairões de 12 a 15kg são fisgados facilmente.  Os maiores exemplares de dourado-cachorra, com mais de 15kg, proporcionam brigas inesquecíveis, já que tal o peixe, com a carne adocicada , e guarnecida por numerosas espinhas, são o único interesse para o pescador.  

Jáus, pintados, piraíbas e filhores fazem parte do time "barra pesada".  Sobre o Pirarucu, que lá também está, não citaremos, já que sua pesca, por motivos de extinção, está proibida. 

Mas um capitulo especial devemos reservar para o Tucunaré, pois em nossa opinião, vale a pena fazer uma pescaria neste rio apenas para se tentar essa espécie. 

Além disso, em pescarias nos lagos do Tapajós vai sempre haver o fator surpresa, pois sempre podemos fisgar tucunarés de 1kg, como também sem a menor cerimônia, fisgar um peixe de 8 ou 9 kg.   É exatamente neste ponto que a conversa vai para um lado que só um pescador amador entende, pois poderemos estar pescando com linha de, por exemplo, 20 libras ou 0,45mm, o que tornará a briga com um peixe desse tamanho algo muito especial, já que a partir da fisgada, estará na habilidade e paciência  do pescador, lograr êxito. 

A bem da verdade, fisgar um peixe desses, apesar de lá estar, não é muito fácil; no entanto, tucunarés de 5 a 6kg, são praticamente normais. 

Os lagos onde se pesca têm sua conformação toda especial e são enormes.  Alguns deles suas margens tão distanciadas que chega quase a não ser possível enxegá-las.  

Os pontos de pesca onde os tucunarés com certeza estão presentes são facilmente identificados, pois apresentam principalmente formações de pedras que saem das margens para dentro do lago, assim como ilhas e árvores parcialmente submersas. 

Mas não se iluda aquele que lá for pescar, porque de repente, pescando-se no sistema de corrico, fisga-se muitos e bons tucunarés, onde não há absolutamente qualquer indício de pesqueiro, sendo a margem uma praia qualquer de areia. 

Pela dificuldade de obter-se iscas vivas, aconselha-se a usar principalmente iscas artificiais, que tanto podem ser plugs (peixinhos) com também as colheres. 

O material recomendado para esse tipo de pescaria, poderíamos classificar de leve para médio, ou seja, molinetes medios, varas de ponta firme e linhas variando entre 0,35 a 0,50mm.  

No caso de se tentar a chamada "barra pesada", um dos melhores pesqueiros do Tapajós é em frente a Santarém, na junção das águas do Tapajós com o Amazonas.  

Para essa pescaria, que é feita com isca natural, o material muda completamente e seráo necessários grandes molinetes ou carretilhas, varas reforçadas de bitola superior a 0,80mm e anzois acima de 5/0.  

Os peixes mais comuns de serem fisgados nesse local são os jaús, pintados, piraíbas e filhotes. 

Aí, está, portanto, o nosso roteiro desta reportagem extraída do número 10, do ano II, de Aruanã, que apesar de distante, mostra um pouco do quanto o nosso país tem a oferecer ao pescador amador. 

Informação: a cidade de Santarém é servida pela TAM e pela GOL e a hospedagem fica pela Rede Tropical de Hotéis.  As pescarias realizadas pela Lago Verde Turismo onde as reservas e informações podem ser adquiridas em São Paulo, pelo ligue pesca, através do telefone 011-8640400.

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